Repetindo a frase para
análise: A INVEJA QUE TINHA DE MIM
ME TRAZ MUITO BEM.
Ô inteligente! Desde quando
inveja traz benefício, mesmo que seja para si? Inveja é pecado. Ainda por cima
atropela a coitada da língua portuguesa. “Tinha” é passado e “traz” é presente. Se for para corrigir os tempos verbais só existem
duas formas corretas: presente – “A inveja que tenho de mim me traz o bem”; ou então pretérito perfeito
– “A inveja que tinha de mim me
trouxe o bem”. Entretanto,
a primeira opção fica estranha, até porque, como se sente inveja de si próprio?
E mesmo corrigindo somente a
conjugação verbal, as duas frases permanecem erradas, pois temos dois pronomes
juntos sem nenhuma vírgula separando-os. Entretanto, mesmo que se ponha uma
vírgula teremos uma aliteração, ou seja, palavras com sons parecidos: “...de mim, me trouxe...” Está chamando um gato? Vejam
como soa de “mim, me” para “Mimi”.
Enfim, a melhor
forma de corrigir essa frase seria acrescentar outra palavra para evitar
aliteração: “...de mim, só me trouxe...”. Melhoramos a frase? Com
certeza, todavia, desde quando inveja é algo benéfico? Toda a frase está errada
de qualquer jeito. Por que será que esses motoristas gostam de frases que falem
de inveja, hein?
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